quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Você já é um doador de Medula óssea?

Semana passada, fui me cadastrar no ameo - associação da medula óssea do Estado de São Paulo. Já pensava nisso há meses.
 Mas foi através de uma campanha da Ibab (Igreja Batista da Água Branca) que me senti impulsionada à (finalmente) me cadastrar como doadora voluntária .
Aproveitei também para doar sangue.
Confesso que, enquanto me encaminhava à Santa Casa de São Paulo e também enquanto estava ali aguardando o cadastro escrito dos meus dados, me senti angustiada e até um pouco envergonhada.
 A última vez que doei sangue faz uns 6 ou 7 anos...
(você sabia que o homem pode doar sangue há cada 2 meses e as mulheres a cada 3 ou 4 meses?)
...se cada um doasse sangue ao menos uma vez ao ano...

 Faço exames anualmente, sei que sou O positivo (doador universal, e confesso que por saber disso, sentia meu coração se apertar um pouquinho mais... afinal, porque mesmo eu demorei tanto pra voltar a doar sangue??)
Sei que com a doação de sangue é possível salvar até 3 vidas! (o que era tão mais importante que isso?...)


Quanto à medula, soube há uns cinco meses da dificuldade de se achar um doador compatível (as estatísticas apontam para 1 a cada 1000)...
..."e ainda assim, demorei muitos meses pra estar ai..." era o pensamento que martelava na minha cabeça, enquanto eu me sentava confortavelmente à espera da atendente.

O processo todo é muito rápido. Preenchi um cadastro, respondi algumas perguntas e logo a atendente me chamou para doar sangue e junto com isso, retirou um tubinho de sangue para análise do sangue/compatibilidade da medula óssea (o cadastro para doação de medula inclui a retirada de uma pequena amostra de sangue para exames).
Contando com a doação de sangue para o hemocentro, não passou de 35 minutos.

Mas não tenho como descrever a sensação de alívio que fui tomada enquanto retornava à minha casa.
Sei que é só o começo, mas a sensação é de um pequeno dever cumprido.
 Como cidadã. Como gente. Como cristã que sou.

...pena que andamos tão ocupados no dia a dia...

ah, tem estacionamento gratuito para doadores - entrada da Sta Casa,  pela Rua Cesário Mota Júnior, 112 . Maiores informações, acesse http://www.ameo.gov.br/




terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Espelho, espelho meu!


Como consultora de Imagem, não poderia deixar de enfatizar que a aparência (física) exterioriza a personalidade.
Tá bom, nem sempre revela o que somos, mas certamente o que desejamos ser, o jeito que vivemos.

A P A R Ê C I A (do latim apparentia)- aquilo que se mostra,
à primeira vista, exteriormente, aspecto, ar

Através dela, o mundo nos enxerga. Sinaliza mais que isso: é nossa escolha de COMO queremos ser tratados. Acho que não só podemos, como devemos dar especial atenção à aparêcia física, sim.
Mas quero falar um pouco de OUTRA beleza.
Beleza sem prazo de validade, que não segue moda, mas não deixa nunca de estar no grito da moda...

Daquela que se vê somente através da ALMA, de tão profunda que se encontra.
Pura e simples. Sem intenções... natural.



Segue texto que me chamou a atenção por falar deste beleza...(Texto Ed René Kivitz, de ontem..)
Intitulado  "A fórmula da beleza", vai muito além da beleza puramente estética:

"Fui convidado para falar na celebração dos 20 anos de uma empresa que atua no mercado da moda. Decidi falar sobre a fórmula da beleza. Dei asas à imaginação e pensei na modelo atravessando a passarela. Considerei que a beleza que desfila se resume no conjunto de três características: simetria das formas, harmonia das cores, e leveza do movimento. É a minha síntese da beleza estética.
Lembrei da observação do sábio Salomão: “o coração alegre traz beleza para o rosto”, e não demorou muito para que eu caísse no cliché: o mais importante é a beleza interior. Chamei a beleza interior de beleza ética. E então concluí que é a beleza ética que faz florescer a beleza estética.
O passo seguinte foi definir o mínimo de características da beleza ética. Eis a minha síntese: pureza da consciência, grandeza de caráter e generosidade anônima. A pureza é aquela integridade de motivos, coisa de quem não tem agenda oculta e faz o que faz simplesmente porque é o que deve ser feito, sem interesses escusos e motivações mesquinhas por trás. É também uma dose de sinceridade e autenticidade, uma postura não dissimulada, própria de quem é o que é e não pretende se passar por algo diferente, não faz pose nem usa máscara.
A grandeza do caráter tem a ver com honestidade, verdade, justiça, mas também com a genuína humildade, um jeito meio singelo de sequer fazer qualquer referência a si mesmo, pois os grandes se julgam pequenos e se ocupam mais da vergonha pelos seus pecados do que no alardear de suas virtudes. A elegância faz deferência ao outro, tira o foco de si mesma e faz brilhar quem está perto. O cárater íntegro não é perfeito, mas também não é dissimulado. Não é questão de perfeição, mas de coerência.
A tríade da beleza ética é composta também pela generosidade anônima. Ocupada com o amor ao próximo, doadora, não egoísta e não egocêntrica, dedica-se a servir sem se sentir diminuida e faz o bem com simplicidade e naturalidade, de modo que “a mão esquerda não sabe o que fez a mão direita”.

Considerei também que a beleza não é um fim em si mesma. Não desejamos tanto ser belos. O que queremos mesmo é seduzir. Não necessariamente a sedução erótica. Falo de seduzir como de cativar. O que desejamos é ser acolhidos, aceitos, admirados e desejados. Enfim, queremos ser amados. E em algum momento fomos convencidos de que a beleza estética é o caminho mais curto. Mas somente pessoas superficiais acreditam nisso. Salomão tinha razão. Quem tem a beleza ética tem também aquilo que nem sempre está presente na beleza estética, e que faz toda a diferença: brilho nos olhos."



Depois de ler, fiquei pensando...a busca por um ideal de beleza sempre foi uma característica marcante da natureza humana e uma preocupação da sociedade...mas qual teria sido o momento em que passamos a correr freneticamente atrás da beleza estética, superficial, fria, muitas vezes vazia?

  

 ...essa busca assumiu proporções inéditas... Não se vê que essa busca não terá fim?
pelo menos, não enquanto não mudarmos os olhos que a buscam.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pena de morte: tem vida por traz disso...




Repasso texto escrito por Desmond Tutu, Arcebispo de Cidade do Cabo e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1984, sobre a urgência em se abolir a pena de morte em todo o mundo...

"Em grande parte do século XX a maioria das nações do mundo aplicou a pena de morte. Mas, na medida em que se aproximava o milênio muitas sociedades questionaram a presunção de que matar seus concidadãos através do sistema judiciário servisse para concretizar objetivos positivos. Alegra-me que a pena de morte esteja sendo eliminada do planeta. Como cristão, cujo sistema de crenças está baseado no perdão, penso que a pena de morte é inaceitável. Cento e trinta países de todas as regiões do mundo aboliram a pena de morte, legalmente ou na prática. Desde 1990, 50 países aboliram a pena capital para todos os crimes. No ano passado, somente 25 países realizavam execuções, seis deles na África.

É tamanho o sentimento mundial contra a pena de morte, com algumas exceções notáveis como Estados Unidos, China, Cingapura e outros, que uma resolução para exigir uma moratória das execuções e a abolição desse castigo será apresentada na Assembléia Geral neste mês. A comunidade mundial dará, então, seu parecer sobre a moralidade desta punição. Como um opositor da pena de morte, experimentei o horror de estar perto de uma execução. Não somente na época do apartheid na África do Sul, quando meu país tinha uma das taxas de execuções mais altas do mundo, mas também em outras nações.

Fui testemunha das condições que se fala das vítimas da pena de morte das quais as autoridades jamais falam: Os familiares dos condenados. Recordo os país de Napoleón Beazley, um jovem afro-norte-americano condenado no Texas depois de um julgamento contaminado de racismo. Sua dor era mais evidente na medida em que se aproximava a morte de seus filhos nas mãos de um Estado para o qual eles contribuem com o pagamento de impostos. Pude apenas imaginar o insuportável padecimento emocional pelo que passaram quando tiveram que dar o último adeus ao seu filho antes da execução.
Quem apóia a pena de morte costuma perguntar "o que diria se seu filho fosse assassinado?", que é uma pergunta natural. A raiva é uma reação natural diante do homicídio sofrido por uma pessoa amada e um desejo de vingança é compreensível. Mas, o que ocorre se a pessoa condenada à morte é seu filho. Ninguém cria seus filhos para que sejam assassinos; mas, alguns pais sofrem a pena de saber que seus filhos serão executados. Em 1988, os pais que estavam à espera de padecer a pena capital na África do Sul escreveram ao presidente do país dizendo: "Ser mãe ou pai e ver como seu filho está atravessando este inferno em vida é um tormento mais doloroso que ninguém pode imaginar".
Não devemos colocar nessa situação os filhos e filhas, os pais e mães de nossos próximos. Porque isso é infligir-lhes horrorosos e inaceitáveis sofrimentos. As represálias, os ressentimentos e a vingança nos deixaram um mundo banhado no sangue de muitos de nossos irmãos e irmãs. A pena de morte é parte deste processo, no qual se diz ser aceitável matar em determinadas circunstancias e se estimula a doutrina da vingança. Se queremos romper estes ciclos devemos eliminar a violência sancionada pelo Estado. Chegou a hora de abolir a pena de morte em todo o mundo.


A causa da abolição se torna cada vez mais irresistível a cada ano que passa. Em todos os lados a experiência nos mostra que as execuções são uma brutalidade tanto para os que estão implicados no processo quanto para a sociedade que as pratica. Por outro lado, em nenhuma parte do mundo se viu a pena de morte reduzir os crimes ou a violência política. Em uma nação após outra, é usada desproporcionalmente contra os pobres ou contra minorias raciais ou étnicas. Também é freqüentemente utilizada como uma ferramenta de repressão política e imposta de forma arbitrária. Trata-se de um castigo irrevogável que costuma ser aplicado a pessoas inocentes de qualquer crime. É, sobretudo, uma violência de direitos humanos fundamentais."


Frank la Rue, relator do Sistema das Nações Unidas, expressou que boa parte da comunidade internacional se opõe à pena capital: "A pena de norte é condenada em todo o mundo, e as Nações Unidas têm uma posição sobre a pena de morte que deriva do fato de que não qualifica nem ao delito nem ao delinquente, mas sim a responsabilidade do Estado", disse ele




Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. (Lc 23, 34)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Hei! Tem flores perto de você!

                                     Corre, olha pela sua janela!
                                                 É um buquê pra você!
Se você mora em São Paulo, em apartamento, possívelmente tem uma esplendorosa árvore ricamente florida aí, bem pertinho da sua janela.
Talvez correndo, no trânsito, à caminho do trabalho você nem tenha reparado direito e esteja perdendo a oportunidade de presentear seus olhos com verdadeiros arranjos de flores gigantes espalhados pela cidade, nesta primavera sui generis, tão seca e quente.  
 É o ipê. E este rosado que vemos por toda a cidade é o ipê-de-el-salvador (Tabebuia pentaphilla), muito parecido com os gêneros amarelo, branco e roxo, com formato de trombeta.
Ele atinge o auge da floração em outubro, por isso atenção: estamos em seus últimos dias.

 Há várias Tabebuias conhecidas como ipê-rosa: De crescimento bem rápido em regiões livres de geadas (em dois anos ela atinge 3,5 metros), pode atingir até 35 m. A Tabebuia impetiginosa é originária da Bacia do Paraná, conhecida também por piúva. Floresce abundantemente de Junho a Agosto, e prefere climas mais quentes, porém num Inverno seco e ameno, ela oferece também uma linda florada no começo da Primavera. Ideal para áreas isoladas, ou paisagismo de grandes avenidas, o Ipê Rosa prefere solos férteis e bem drenados. É largamente empregada no paisagismo em geral por apresentar belíssimas inflorescências de cor rosa. É uma espécie recomendada para recuperação de ecossistemas degradados, sendo considerada promissora para revegetação de áreas contaminadas com metais pesados. (Wikipédia)

                               O ipê rosa não costuma perder todas as folhas, mas este ano a Natureza
                                 foi generosa com a cidade: a floração do ipê rosa foi mais forte,
                          as folhas caíram quase que totalmente e os galhos restam re-ple-tos de flores.

                                                 Que tal, relaxar um pouco, desestressar em plena
                                                                            correria da cidade...
                                                como não se emocionar com tão exuberante presente da natureza.
                             
                            Mas, como disse, corra, pois são os ultimos dias do ano para curtir seu buquê.

sábado, 30 de outubro de 2010

Flores em Você



As pessoas não estão sempre iguais... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. (João Guimarães Rosa)


Importante é crescer nas mudanças, ainda que não as enxergue, que pareça o contrário, ainda que demore a perceber. Vivemos o presente, às vezes nem o vivemos, deixamos viver.
Nem sempre gostaríamos de lembrar tudo depois - eu mesma tenho andado tão esquecida ultimamente. Ainda assim chega o momento se ver flores (mesmo que esse momento passe repentinamente). Mas é o outro que me faz ver flores. É no relacionamento com o outro que me proporciona ver flores em mim. Digo, não no outro, mas na pessoa que sou através do outro.
Quando o ser humano te inspirar a ser uma pessoa melhor, prepare-se... é primavera.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O ateísmo cheio de fé de... Nietzsche


"Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para frente uma vez mais, elevo, só, minhas mãos a Ti na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em Cada momento, Tua voz me pudesse chamar.
Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras: "Ao Deus desconhecido”.
Seu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrílegos.
Seu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo. Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servi-lo. Eu quero Te conhecer, desconhecido.
Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.
Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero Te conhecer, quero servir só a Ti."
[Friedrich Nietzsche]
Traduzido por Leonardo Boff


e ainda dizem q Nietzsche era ateu (...) Deve ser a tal ETERNIDADE que Deus pôs no coração do homem
"Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração deles, sem que o homem possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até o fim". Eclesiastes 3, v11
Impossível passar despercebido no coração de cada um. Aliás, na minha visão, tem que ter muita fé pra se dizer ateu.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Amor pra vida toda


"O amor verdadeiro nasce do fato de duas pessoas, transbordantes de vida e capazes de refletir, se enamorarem com firmeza, paixão e serenidade; é um amor que procura o bem do outro" Enrique Rojas


No início, PAIXÃO: vê-se o amor como um SENTIMENTO - amar sem pensar, estar junto, querer o outro. Deseja-se sempre mais o outro e basta.
O tempo acaba por levar o sentimento e os casais mais maduros percebem que aquilo que consideravam sentimento é agora AMOR RACIONAL. Não que tenham perdido os sentimentos, as vontades, desejos.
Mas transforma-se num amor maduro. O outro deixa de ser fonte. Agora necessito alimentar, dar, doar. Pequenos gestos no dia a dia, saber ouvir, calar, cultivar as delicadezas, pensar antes de criticar, renunciar. Crescer, aprender com nossos erros(corrigí-los).
Não é receita, há que se QUERER.
O sentimento é burro, já o amor racional pressupõe inteligência.
O caminho é árduo, requer paciência, mas vale a pena!

terça-feira, 2 de março de 2010

O que me inspira em você?


"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine". 1coríntios 13, v.1


A caridade é o amor visto através dos olhos de Deus em mim. É amor comprometido com o próximo, sem impor condições, sem cobranças ou interesses. Amar sem julgar, amar sem invejar; amor este que sofre com a dor do outro, que espera, crê, suporta. Difícil este amor. E doloroso.

Mas não é apenas o sentimento ou motivação interior. É amor de Deus em AÇÃO através de mim, de você.
É encontrar, no outro, motivação para se esmerar no que faz.
Que mundo é esse em que você vive? é mundinho?
Neste exato momento em que você come, sonha, se alegra, tem alguém longe que já fez a única refeição que dispõe para o dia, mas que também sonha, espera, se alegra...

Não sei o que exatamente me inspira em você. Você me inspira.
O Deus que está em mim me inspira em você.